Verde foi o meu nascimento
Mas de luto me vesti
Para dar luz ao mundo
Mil tormentos padeci.
🔹 (azeitona)
Uma caixa redondinha
Mas que pode rebolar
Todos a sabem abrir
Mas ninguém a sabe fechar.
🔹 (ovo)
Tenho camisa e casaco
Sem remendo nem buraco
Quando no lume me metem
Estoiro como um foguete.
(castanha)
Alto foi meu nascimento
De senhora recolhida, caí abaixo
Tamanha queda dei,
Que a minha casa não voltei.
🔹 (castanha)
Tem a casa bem guardada.
Ninguém lhe pode mexer
Sozinha e acompanhada
Em novembro nos vem ver.
🔹 (castanha)
É uma senhora muito esbelta
E com finos véus se aperta
Quem tiver que a desapertar
Muitas lágrimas vai chorar.
🔹 (cebola)
O meu nome é pouco limpo
Pelo dono sou cevado
Quando tenho uns bons quilos
Por ele sou devorado.
🔹 (porco)
Qual é a coisa qual é ela:
Tem cabeça mas não é gente
Tem dentes e não é pente?
🔹(alho)
Branco é
Galinha o põe.
🔹 (ovo)
O que é que é
Quanto mais alto está
Melhor se lhe chega?
🔹 (Água)
O que é que:
Entra como ouro
Sai como neve?
🔹 (Grão de milho)
No campo me criei
Metida entre verdes laços
Aquela que faço chorar
É quem me faz em pedaços.
(cebola)
Verde por fora
vermelha por dentro
e pintinhas pretas.
🔹 (Melancia)
Redondinha, redondão
Que nasce por baixo do chão.
🔹(Batata)
Casinha amarela, quase vermelha
Não tem porta nem telha.
🔹 (Laranja)
Filho duma bela
Com muitos irmãos
Vestindo calça amarela
Todos lindos, todos sãos.
🔹 (Banana)
Tem dentes e não come,
Tem barbas e não é Homem.
🔹 (Alho)
Uma caixa pequena
De bom parecer,
Não há carpinteiro que a saiba fazer.
🔹 (Noz)
Tem coroa e não é rei
Tem escamas e não é peixe.
🔹 (Ananás)
Redondo, redondinho
Como a pedra de um moinho.
🔹 (Queijo)